A transformação tecnológica tem revolucionado a indústria de móveis, tornando-a mais alinhada às necessidades modernas, tanto no aspecto da sustentabilidade quanto da inclusão.
Em um mundo cada vez mais tecnológico, as inovações afetam diretamente a forma como vivemos, melhorando nossa qualidade de vida e, ao mesmo tempo, respeitando a natureza e as necessidades sociais.
Neste artigo, você vai descobrir como a Indústria 4.0 impacta diretamente a criação de móveis mais adaptados às necessidades contemporâneas.
Estamos vivenciando a quarta revolução industrial, também conhecida como indústria 4.0. Esse conceito foi apresentado pela primeira vez na Alemanha, em 2011, durante uma feira de Hannover.
No entanto, foi com o livro “ A quarta Revolução Industrial”, publicado em 2016, que Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, popularizou a ideia. Schwab detalhou 23 mudanças fundamentais causadas pela quarta revolução, incluindo a transformação das casas conectadas e dos produtos de consumo.
Uma dessas transformações essenciais está na maneira como a tecnologia reformula a produção e o consumo.
“As novas maneiras de usarmos a tecnologia para promover a mudança de comportamentos e os sistemas de produção e consumo também formam um potencial de regeneração e preservação dos ambientes naturais sem criar custos ocultos sob a forma de externalidades.”
Essa citação destaca como tecnologias como automação, inteligência artificial (IA) e big data oferecem à indústria de móveis a oportunidade de criar produtos mais sustentáveis e confortáveis, atendendo às necessidades dos consumidores modernos sem prejudicar o meio ambiente.
Schwab afirmou que estamos na quarta revolução por três aspectos:
1. Velocidade das tecnologias que são criadas (ritmo exponencial e não linear);
2. Amplitude e profundidade da revolução que não está modificando apenas estruturalmente, mas o conceito tangível que foge do nosso controle;
3. Impacto sistêmico.
Pensar nessas questões tem sido algo intangível, necessário e primordial. A sociedade não lida com a ciência, mas o fruto desta, ou seja, com a tecnologia.
“A tecnologia não é uma força externa, sobre a qual não temos nenhum controle. Não estamos limitados por uma escolha binária entre “aceitar e viver com ela” ou “rejeitar e viver sem ela”. Na verdade, tomamos a dramática mudança tecnológica como um convite para refletirmos sobre quem somos e como vemos o mundo. Quanto mais pensamos sobre como aproveitar a revolução tecnológica, mais analisamos a nós mesmos e os modelos sociais subjacentes que são incorporados e permitidos por essas tecnologias. E mais oportunidades teremos para moldar a revolução de uma forma que melhore o estado do mundo.”
Ao projetar móveis para o futuro, temos a chance de promover modelos mais sustentáveis, inclusivos e inovadores.
Móveis mais tecnológicos não só melhoram a experiência dos colaboradores, mas também contribuem para a preservação do meio ambiente e para a responsabilidade social.
Podem ser utilizadas diversas tecnologias, como:
Automação;
Inteligência Artificial (IA);
Big Data;
Machine Learning.
A automatização, por exemplo, permite que móveis sejam projetados com maior precisão e eficiência, enquanto o uso de materiais sustentáveis na produção pode reduzir o impacto ambiental da indústria moveleira.
No contexto dos móveis, podemos relacionar a transformação tecnológica sob quatro aspectos:
1. Tecnologia = eficiência;
2. Qualidade de vida;
3. Inclusão;
4. Sustentabilidade
O Big Data permite organizar, armazenar e analisar grandes volumes de informações de forma eficiente. Com essas informações, podemos personalizar produtos e aumentar a eficiência.
Atualmente, em sua maioria, os sites coletam dados sobre os usuários por meio de cookies e outros mecanismos. Esses dados mostram as tendências de comportamento e afins. Isso ajuda a criar móveis sob medida, que podem ser projetados para ter uma ergonomia mais personalizada para as pessoas.
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Com o uso do software CAD/CAM (Computer-Aided Design/Manufacturing), é possível criar projetos de móveis com precisão milimétrica. Além disso, as simulações realizadas por esses softwares permitem testar o movimento e a resistência dos móveis, garantindo sua funcionalidade e conforto.
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Recentemente, estivemos na maior feira internacional de mobiliário, a Orgatec. E pudemos ver de perto as tendências, os debates e as preocupações sobre mobiliário. Um dos assuntos na pauta era como os móveis poderiam incluir diversas pessoas deficientes.
Uma das tecnologias, IoT (Internet das coisas), ajuda a tornar os móveis conectados. Por exemplo, é possível melhorar a ergonomia. Com essa tecnologia, podemos criar móveis que se ajustam de forma automática às preferências de cada indivíduo.
Essa automação permite que o colaborador tenha uma experiência mais confortável e totalmente personalizável diante de suas necessidades. Cabines e mesas também podem ter conectividade com outros dispositivos.
Outro exemplo, para quem usa aparelhos auditivos, é a possibilidade de conectar o dispositivo com a mesa. Esse processo é feito por Sistemas de Loop de indução, que se baseia na indução eletromagnética.
Isso acontece porque o aparelho auditivo não capta o som diretamente do ambiente. Em vez disso, o sistema de loop de indução magnética capta o som, converte-o em um sinal elétrico amplificado e, através de um fio, cria um campo magnético.
Esse campo magnético é captado pela bobina T-coil do aparelho auditivo, que converte as variações do campo em sinais elétricos. Esses sinais são, então, processados pelo aparelho auditivo e transformados em som audível para o usuário.
Isso ajuda a eliminar ruídos externos, e pode lembrar a pessoa de notificações importantes, a partir de conexão de assistentes virtuais, ajudando com:
- Alerta da hora da reunião;
- Detecção de má postura;
- Escuta de notificações sem atrapalhar outros colegas;
- Ouvir melhor;
- Melhoria de comunicação.
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Hoje em dia, é possível ver quais materiais podem ser substituídos por elementos mais sustentáveis. Da mesma forma, as ferramentas mostram onde o corte de árvores deve ser realizado para que haja o mínimo de desperdício.
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